Os Ciclomáticos no Globo Zona Norte


Repórter Clarissa e o fotógrafo Rafael do Globo Zona Norte.


Zona Norte inspira compannhia de teatro Ciclomáticos

Clarissa Pains


Com 17 anos na bagagem, a companhia de teatro Os Ciclomáticos é fruto da Zona Norte. Dos 12 integrantes, nove são da região. Os outros três moram na Baixada Fluminense, mas passam boa parte do tempo ensaiando em Maria da Graça, na casa de um dos fundadores do grupo, Ribamar Ribeiro. Ele transformou o terraço em palco e a garagem em depósito de cenários e figurinos. A dedicação tem valido a pena: o grupo já montou 14 peças, ganhou mais de 200 prêmios e participou de três festivais internacionais.

— Ainda é comum a ideia de que na Zona Norte não tem arte. Fazemos questão de ressaltar que somos de Olaria, Cachambi e Irajá. E colocamos essas referências nos espetáculos — diz Ribeiro.

Até 2006, as peças eram custeadas com dinheiro dos próprios integrantes. De lá para cá, passaram a investir mais em editais públicos, aproveitando o bom momento do setor. Ganharam 15 dos mais de 40 que disputaram.

Um dos últimos editais lhes rendeu um contrato de residência artística por um ano no Teatro Ziembinski, na Tijuca. A casa, temporariamente fechada, tem previsão de reabrir ainda este mês. Lá, Os Ciclomáticos vão estrear “Minha alma é nada depois dessa história” e, em maio, apresentam o primeiro musical da companhia, “Casa-grande e senzala”.

— Conseguimos suprir tudo o que precisamos para as peças: cenografia, figurino, iluminação. A gente pega pesado, carrega caixa, varre palco. Nossa filosofia é todo mundo fazer um pouco de tudo — conta Ribeiro.

A grande busca da companhia, agora, é uma sede oficial. Do que não abrem mão é que ela seja na Zona Norte.

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